As principais terapias biológicas utilizadas no Brasil para o tratamento da Doença de Crohn.

Abstract

Introdução: a Doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória intestinal autoimune, caracterizada por inflamação crônica da mucosa, podendo afetar todos os segmentos do intestino delgado. Objetivos: analisar e discutir as bases do tratamento da DC disponíveis no Brasil, e contribuir para o debate dos principais pilares do uso de terapias biológicas, ressaltando-a como foco atual de melhores respostas de controle e remissão da doença. Metodologia: revisão da literatura através da consulta a livros e periódicos selecionados através de busca no banco de dados do Pubmed, Scientific Electronic Library Online – SciELO, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS e Google acadêmico, entre os anos de 2011 e 2021, utilizando as palavras-chave: “doença de Crohn”, “doenças inflamatórias intestinais” e “terapia biológica” em português e inglês. Discussão: a terapêutica atual se propõe a reduzir, controlar e evitar complicações da inflamação crônica e sua sintomatologia, mas não a cura da doença. Assim, os imunobiológicos tornaram-se promissores, tanto para induzir quanto para manter a remissão dos enfermos, cicatrizando a mucosa, e, consequentemente, modificando o curso da doença, reduzindo cirurgias e hospitalizações, melhorando o prognóstico dos doentes. Os grupos mais utilizados são os anti-TNF-α, as anti-integrinas e outras classes, como as anti-interleucinas. Os mais utilizados no Brasil são o Adalimumabe e o Infliximabe, do grupo dos anti-TNF-α. Conclusão: apesar dos avanços científicos, a DC ainda carece de maiores informações para a mudança de seu curso, e a terapia biológica demonstrou eficácia e segurança comprovada para indução e manutenção dessa enfermidade.