Extrofia de bexiga: técnicas cirúrgicas e sua aplicabilidade.

Abstract

Objetivos: Analisar as evidências sobre as técnicas cirúrgicas para reparo da extrofia de bexiga e sua aplicabilidade, visando entender vantagens e desvantagens de cada intervenção. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de ensaios clínicos, conceitos e revisões sistemáticas publicadas na base de dados, Pubmed e Scielo, entre 2008 e 2023. Resultados: Foram identificados 791 artigos, e após critérios de exclusão e inclusão, foram selecionados 14 estudos. As estratégias operatórias ainda são um desafio médico, o qual gera discussões sobre o tempo para realização do fechamento inicial (tardio ou precoce), a técnica ideal e o uso ou não da osteotomia. As técnicas mais citadas são o reparo estagiado moderno de extrofia (MSRE), o reparo primário completo da extrofia (CPRE), mobilização radical de tecidos moles (RSTM) e a osteotomia. Conclusão: Os estudos selecionados sugerem que intervenções neonatais possuem melhores prognósticos em relação a continência, estética e função erétil, quando comparadas com reconstruções tardias. O reparo estagiado moderno de extrofia (MSRE) é relatada como a técnica mais comum para correção da anomalia e com melhores resultados, mas há uma escassez de estudos multicêntricos, com uma quantidade ideal de pacientes e estudos prospectivos, o que prejudica a revisão.