Aspectos imunohistoquímicos e moleculares dos tumores phyllodes da mama e as repercussões no diagnóstico e tratamento: uma revisão de escopo.

Abstract

O tumor phyllodes (TP) é uma neoplasia constituída de elementos mesenquimais e epiteliais. Histologicamente é dividido em benigno, limítrofe e maligno. O diagnóstico é feito com exames de imagem e estudos anátomo-patológicos. O tratamento padrão é a excisão cirúrgica com margens amplas. Porém, não há consenso na literatura sobre a real importância da imunohistoquímica e seus impactos no tratamento e prognóstico. Esse trabalho tem como metodologia uma revisão bibliográfica de escopo, usando descritores “phyllodes tumor” AND “immunohistochemistry” nas bases PubMed, SciELO, LILACS, Cochrane Library, NIH, Clinical Trials, NICE e BVSMS. Os objetivos são apontar a importância dos marcadores imunohistoquímicos e moleculares no diagnóstico, tratamento e prognóstico dos TPs. Foram identificadas 424 publicações e ao final 39 estudos foram analisados. Os resultados demonstram que inúmeros marcadores têm sido estudados para melhorar a acurácia no diagnóstico dos TPs, como p53, Ki67, CD117, EGFR, p16, VEGF, CD34, β-catenina, E-caderina, B7H3, EZH2, ZEB1/ILK, c-Kit, BIK, p-BIK, CD44 e marcadores de células-tronco cancerígenas. A maior expressão de E-caderina, β-catenina e CD34 corrobora para o diagnóstico de TP benigno. Uma maior expressão de Ki67 e p53 foi verificada nos TPs malignos. A alta expressão estromal de EZH2 nos TP malignos foi relatada em casos com menor sobrevida livre de doença e sobrevida global, assim como as baixas expressões das proteínas BIK e p-BIK. Em conclusão, a remoção cirúrgica ampla está consolidada como tratamento padrão, porém a imunohistoquímica é uma potencial ferramenta à histopatologia, e no futuro poderá impactar no tratamento e prognóstico desses tumores.