Diferença genética e benefícios da ingestão do leite A2A2.

Abstract

A cadeia de produção do leite bovino desempenha um papel importante no setor agropecuário no Brasil, já que ocupamos o sexto lugar no ranking mundial de produção de leite, com mais de 35 bilhões de litros produzidos anualmente em nosso território. O progresso tecnológico na área de laticínios, tem-se observado uma transformação nos hábitos de consumo e um aumento na procura por produtos lácteos Premium, que atendam às demandas dos consumidores e agreguem valor ao mercado. O leite é reconhecido como um alimento fundamental para a saúde humana, sendo os produtos lácteos as principais fontes naturais de cálcio, devido à sua elevada biodisponibilidade desse mineral. O leite possui alto teor de proteínas, especialmente a caseína. Devido a uma alteração genética em vacas, a β-caseína A1 presente no leite produz a Beta-casomorfina-7, resultando em problemas de digestão para algumas pessoas. O consumo de leite com a variante A1 é associado a um maior risco de doenças em seres humanos, além de causar desconforto gastrointestinal em indivíduos mais suscetíveis geneticamente. A β-caseína A2 não produz o mesmo composto bioativo durante a digestão, por isso, o leite com maiores quantidades de β-caseína A2 tem menos probabilidade de causar os mesmos problemas. Por esses motivos, o leite com selo A2A2 está se tornando mais popular no mercado e seu valor está em alta. Como resultado, ele possui um preço comercial mais elevado.