Mudanças climáticas e cidades: uma a reflexão sobre resiliência urbana.

Abstract

As cidades passaram por profundas transformações após a Revolução Industrial devido ao aumento de migrantes das zonas rurais em busca de oportunidades de emprego e melhores condições de vida nas cidades. Ao longo dos séculos XIX, o crescimento e as condições precárias dos centros urbanos fizeram surgir diversas teorias e ideias sobre como planejar e desenvolver cidades melhores. No séc. XX, as duas grandes guerras mundiais trouxeram novas exigências e a busca por soluções para reconstrução das cidades. No séc. XXI, são as consequências das mudanças climáticas que exigem pensar em novas soluções de modos de viver nos centros urbanos. Este artigo tem como objetivo contribuir para o debate sobre as consequências das mudanças climáticas, decorrentes das ações e intervenções humanas no meio ambiente, a partir de olhares inovadores sobre as cidades na história recente do urbanismo. Para isso, aborda os conceitos de utopia e distopia, nas propostas dos Utopistas e o Grupo Archigram. A utopia caracteriza as cidades como sendo perfeitas e ideais, onde todos problemas são resolvidos, com os locais de habitação, indústria, lazer, organizados de maneira que as pessoas conseguissem viver em perfeita harmonia, como acreditaram os Utopistas. Em contraponto às ideias utópicas, surgiram visões para uma cidade, em um contexto não convencional, distópicos, como as propostas do Archigram. Este artigo explora os ideais dos Utopistas e do Grupo Archigram como fonte de inspiração para pensar projetos inovadores no séc. XXI, cuja resiliência é a chave, no contexto das mudanças climáticas.