A importância de intervenções medicamentosas associada a terapia cognitiva comportamental no tratamento do transtorno afetivo bipolar em pacientes idosos.

Abstract

A população idosa vem crescendo e com isso há um aumento de doenças físicas e mentais. Nesse sentido, umas das doenças que afetam o idoso é o Transtorno Afetivo Bipolar, sendo um dos mais graves na velhice, devido ao seu impacto fisiológico, psicológico, funcional e social, o que remete à necessidade de terapêuticas medicamentosas e psicossociais. Medicações como os estabilizadores de humor e coadjuvantes como os estabilizadores de humor (valproato), os antipsicóticos atípicos (aripiprazol, quetiapina e olanzapina) e os antidepressivos (inibidores seletivos da recaptação de serotonina ou inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina) têm-se demonstrado eficazes nesse tratamento. De maneira concomitante, a terapia cognitiva-comportamental é uma excelente opção, visto que amplifica o juízo crítico de realidade da pessoa idosa. Tendo isso em vista, este estudo tem como objetivo: analisar se pacientes idosos podem se beneficiar na melhora sintomatológica, quando há associação da Terapia Cognitivo Comportamental com o tratamento medicamentoso, em comparação com outras intervenções. Para tanto, foi conduzida uma revisão sistemática da literatura, utilizando recomendações do PRISMA e da Cochrane. A estratégia PICO foi utilizada na formulação das perguntas de pesquisa e para respondê-las foram recuperados ensaios clínicos randomizados que avaliassem a eficácia da terapia medicamentosa em conjunto com as intervenções psicossociais, principalmente, as Terapias Cognitivo-Comportamentais (TCCs), em pessoas com o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), dentre elas as idosas. Fizeram parte da revisão sistemática 27 artigos, neles encontramos que as intervenções medicamentosas e as baseadas em TCC são eficazes para redução de sintomas de mania e depressão, além de maior adesão ao tratamento. Dessa forma, comprovou-se a hipótese de que terapia medicamentosa associada a TCC é eficaz e pode melhorar significativamente a qualidade de vida e o manejo do TAB em pacientes idosos.