Complicações pós-operatórias nos pacientes idosos submetidos a colecistectomia videolaparoscópica por colecistite aguda.

Abstract

Objetivo: Evidenciar as complicações pós-operatórias da colecistectomia videolaparoscópica em pacientes idosos com colecistite aguda e as taxas de conversão junto com os principais fatores que levam à conversão dessa técnica para cirurgia convencional. Metodologia: Foram elegidos artigos científicos publicados no período de 2004 a abril de 2024, nas bases de dados PubMed e SciELO. Os termos ou palavras-chaves utilizadas foram: “colecistectomia laparoscópica”, “idosos”, “complicações pós-cirúrgicas” e “colecistite aguda”. O operador booleano utilizado foi o AND. Resultados: A comorbidade mais encontrada nos pacientes idosos foi a hipertensão arterial sistêmica. Um total de 25 complicações diferentes foram visualizadas em 362 casos, sendo mais comuns as complicações pulmonares, seguida de complicações na ferida e em terceiro empatadas as complicações cardíacas e extravasamento de bile. As taxas de conversão variaram de 0,83% até 22,5%. O fator de conversão para cirurgia aberta mais prevalente foi o de anatomia obscura ou dificuldade na sua visualização, sendo de 80%, enquanto que a prevalência de inflamação grave foi de 40%. Conclusão: O aumento da idade está relacionado à maior presença de complicações pós-operatórias e maiores taxas de conversão da colecistectomia videolaparoscópica para cirurgia aberta. Essas taxas são elevadas por fatores que resultam na necessidade de modificação da técnica cirúrgica. Além disso, as comorbidades apresentadas pelos pacientes têm influência nos resultados da cirurgia.