Perfil molecular e do microbioma em pacientes com obesidade numa perspectiva do eixo intestino-cérebro.

Abstract

A obesidade possui causas multifatoriais, as quais precipitam alterações de concentração de determinadas bactérias intestinais, promovendo, portanto, a disbiose intestinal característica de pacientes obesos. Modulações nesse ecossistema podem promover melhorias no prognóstico da doença. Objetivo: Correlacionar o microbioma humano e a obesidade, destacando as principais terapias envolvendo a modulação da microbiota e a obesidade, bem como demonstrar a influência da microbiota intestinal no controle da saciedade em pacientes obesos. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura que se fundamenta na coleta, síntese e análise de dados a partir de oito etapas estruturadas. A coleta de literatura foi realizada mediante os descritores “obesity” e “microbiome" nas bases de dados PubMed, The Lancet e Scielo. Resultados: Alterações da microbiota intestinal nos diferentes níveis taxonômicos (filos, famílias, gêneros e espécies) dos microrganismos ao longo do processo de ganho de peso, até a obesidade e a possível síndrome metabólica. Além disso, apontar os principais achados demonstrativos da correlação entre o eixo intestino-cérebro e o microbioma e suas implicações na obesidade. Com base nisso, espera-se, o apontamento de biomarcadores microbiológicos e biomarcadores moleculares metabolômicos, com o objetivo de diagnosticar a disbiose associada a obesidade e o levantamento das principais estratégias terapêuticas para essas situações, facilitando o diagnóstico precoce, com intuito do controle prévio da disbiose intestinal provocada em estágios iniciais da obesidade. Conclusão: Diante desses achados, demonstra-se que a disbiose causada pela obesidade pode ser mitigada mediante determinados fatores como: alimentação rica em fibras, transplante fecal e uso de probióticos e/ou prebióticos.