Transplante de melanócitos no tratamento do vitiligo.

Abstract

O vitiligo é uma doença dermatológica autoimune caracterizada pela perda de melanócitos funcionantes. Ocorre em cerca de 1% da população mundial, sendo a causa mais comum de despigmentação. Sua apresentação clínica é feita pela presença de máculas brancas que podem estar distribuídas em qualquer região do corpo de forma segmentar, não segmentar ou mista. As opções de tratamento são limitadas e muitas vezes não apresentam eficácia na repigmentação da pele. O transplante de melanócitos é uma modalidade que vem sendo explorada com novas técnicas cirúrgicas para aprimorar os resultados. Objetivos: O objetivo desse trabalho é compreender sobre o tratamento cirúrgico do vitiligo, suas indicações e efeitos adversos. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura em bases de dados eletrônicas Pubmed, Scielo e Portal CAPES. Foram utilizadas revisões sistêmicas e ensaios clínicos dos últimos 10 anos. Desenvolvimento: O tratamento cirúrgico do vitiligo é feito em caso de doenças estáveis e refratárias a partir de duas principais técnicas, a tecidual e a celular. Essas abordagens apresentam boas taxas de repigmentação da pele, entretanto é invasivo e, muitas vezes, apresentam alto custo e tempo prolongado. Conclusão: A cirurgia é opção com boa repigmentação, mas com diversas limitações. A melhor opção terapêutica para o vitiligo é individual para cada paciente, estando correlacionado com a extensão da doença, localização, estabilidade e condição financeira. A utilização de novas tecnologias para melhora da modalidade cirúrgica tem ser tornado uma opção a ser explorada para aprimorar os resultados das intervenções.