Aspectos clínicos-terapêuticos da leishmaniose visceral canina.

Abstract

O presente artigo visa contribuir para o entendimento dos fatores que envolvem a Leishmaniose visceral canina desde alterações clínicas causada pela doença, forma de prevenção e controle, até tratamento com o auxílio de imunomoduladores e imunoterapia. Em regiões endêmicas para leishmaniose visceral canina, o maior desafio enfrentado atualmente é a detecção de animais infectados e assintomáticos, uma vez que representam um grande fator de risco para a manutenção da infecção. Portanto, o diagnóstico baseado em testes mais sensíveis e específicos pode ser uma solução ao controle dessa doença. Exames sorológicos que possam identificar animais expostos, infectados ou infecciosos, são excelentes ferramentas para a detecção de animais nessa condição clínica nas áreas de alto risco devido a sua alta sensibilidade. Entre os marcadores clínico-patológicos que podem contribuir para a percepção de infecção por Leishmania estão os exames hematológicos e bioquímicos, os quais, associados a testes específicos, podem determinar o diagnóstico precoce e seguro. O tratamento de cães infectados ou infecciosos utilizando vacinas vem despertando interesse por pesquisadores em todo o mundo. O tratamento tem o objetivo de diminuir a carga parasitária do animal infectado, interrompendo, dessa forma, o ciclo de transmissão da doença. O médico veterinário deve conscientizar a população sobre as medidas preventivas da doença, alertando sobre a utilização de repelentes adequados e a vacinação preventiva dos animais.