Resistência bacteriana à antibióticos em pacientes com infecção do trato urinário.

Abstract

Objetivos: Compreender a existência de resistência bacteriana a antibióticos em infecções do trato urinário (ITUs), bem como quais medicamentos essas bactérias têm mais resistência e identificar os grupos mais acometidos por essa infecção, além dos principais agentes causadores. Assim, esse trabalho busca expor a alta prevalência de ITUs e de resistência bacteriana, bem como oferecer formas de reduzir os danos ocasionados por estes problemas aos pacientes. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, baseada na análise de artigos utilizando descritores e estratégia: “Urinary Tract Infection Antibiotic Resistance” AND “Brazil” AND "Antibiotics". Os artigos selecionados foram publicados nos últimos doze anos, disponíveis nas bases de dados MEDLINE/PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Biblioteca Cochrane e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Não houve restrição de idiomas, sendo selecionados estudos internacionais e nacionais de forma qualitativa. Resultados: Foram encontrados 55 artigos, dentre eles oito foram selecionados. Conclusão: Devido à alta prevalência de infecções do trato urinário no Brasil e no mundo, principalmente em mulheres, podendo acometer indivíduos de qualquer idade e ambos os sexos, muitos pacientes fazem uso de antibióticos de forma empírica, sem prescrição médica e em muitos casos sem que houvesse qualquer indicação clínica. Com isso, há um uso exacerbado e irresponsável de antibióticos, o que acentua a farmacorresistência bacteriana. Embora todas as bactérias sejam capazes de desenvolver resistência, vários estudos sugerem que é possível reverter a resistência aos antibióticos se o medicamento ao qual as bactérias são resistentes for removido do ambiente.