Mieloencefalite protozoária equina (MEP): revisão de literatura.

Abstract

A Mieloencefalite Protozoária Equina é uma doença que acomete o Sistema Nervoso Central (SNC) de equídeos. No qual possui como agentes etiológicos Sarcocystis neurona, Neospora caninum e Neospora huguesi, no entanto, a ocorrência no território brasileiro é predominantemente pelo S. neurona. Os equinos, como hospedeiros intermediários aberrantes, infectam-se acidentalmente ao ingerir alimentos contaminados com fezes de gambás (Didelphis spp.), os hospedeiros definitivos. Essa enfermidade provoca uma variedade de sinais clínicos neurológicos, como ataxia e incoordenação motora. O diagnóstico envolve diversas técnicas, como o SAG-ELISA, e a confirmação definitiva, muitas vezes, só é obtida post mortem. O tratamento inclui antimicrobianos específicos ou drogas antiprotozoárias, anti-inflamatórios não estereoidais (AINEs), corticosteroides e terapia suporte. O prognóstico é reservado, podendo variar de acordo com a gravidade da doença e início do tratamento. A prevenção inclui medidas como boas práticas de higiene nas instalações e limitação da exposição dos equinos às fezes dos gambás. Visto que, as vacinas ainda estão em desenvolvimento, tendo liberação apenas nos Estados Unidos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é fazer uma revisão sobre a Mieloencefalite Protozoária Equina de cunho qualitativo, abordando os aspectos de etiologia, sintomatologia clínica, diagnóstico, tratamento, prognóstico e profilaxia da doença.