Plasmocitoma maligno em cavidade oral de cão: relato de caso.

Abstract

O plasmocitoma extramedular é uma neoplasia incomum em cães, geralmente benigna. Acomete normalmente animais idosos com aproximadamente 10 anos, sendo mais predominante em dígitos, pavilhão auricular e outros locais, como cavidade oral e reto. Quando maligno o plasmocitoma apresenta prognóstico reservado e o tratamento preconizado é a excisão cirúrgica completa associada a radioterapia ou quimioterapia. Foi atendido na clínica veterinária do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (UNICEPLAC) um cão de 5 anos de idade, da raça yorkshire, apresentando nódulo em cavidade oral, ulcerado e de crescimento rápido. Os exames citopatológicos realizados indicaram inicialmente a suspeita de plasmocitoma, seguida pelo diagnóstico de neoplasia maligna de células redondas e, por fim, a confirmação de plasmocitoma. Após o diagnóstico o paciente foi encaminhado para oncologista veterinário, para que fosse escolhido o melhor tratamento para o animal em questão. Os plasmocitomas em cavidade oral, quando realizado a excisão cirúrgica com margem e quimioterapia apresenta uma sobrevida média de 474 dias, já aqueles que não são realizadas as excisões cirúrgicas adequadas e a quimioterapia apresentam uma sobrevida média de 138 dias, com recorrência do tumor em cerca de 50 dias. O presente animal passou pela oncologista veterinária que confirmou o diagnóstico de plasmocitoma, como não estava apresentando melhora clínica a tutora optou por não seguir o tratamento indicado pela oncologista e realizou a eutanásia do animal, a evolução clínica foi de aproximadamente 90 dias. O diagnóstico e tratamento precoces e adequados são fundamentais para melhorar o sucesso no tratamento, o prognóstico e a sobrevida do paciente. Deste modo, é necessário realizar mais estudos que abordem o plasmocitoma maligno, demonstrando os seus sinais clínicos, evolução, diagnóstico, tratamento e prognóstico.