O uso de drogas vasoativas no tratamento do choque séptico.

Abstract

O choque séptico e a sepse são causas relevantes de mortalidade no Brasil, sendo responsável por cerca de 680 mil mortes por ano. Os objetivos deste trabalho foram definir o que é sepse e choque séptico; estabelecer os seus critérios diagnósticos; descrever a fisiopatogenia, relacionando-a com seu quadro clínico; conhecer o manejo clínico inicial do paciente com choque séptico; explorar o uso de drogas vasoativas e seu mecanismo de ação no tratamento. Este estudo tratou-se de uma revisão narrativa da literatura e, após todas as etapas sistematicamente seguidas, coletou–se 15 artigos, bem como 3 livros-texto. Dos 12 artigos científicos, 10 foram selecionados na PubMed, 1 na Scielo, 3 na BVS e 1 na The New England Journal of Medicine. A sepse pode ser definida como uma resposta inflamatória desregulada à uma infecção. Por sua vez, choque séptico ocorre quando essa resposta é refratária ao tratamento inicial. Uma vez que se faz o diagnóstico de sepse pelo score SOFA ou, em um primeiro momento, com o QSOFA, o manejo inicial preconizado é de reposição volêmica, coleta de lactato, culturas e antibioticoterapia empírica. Caso o paciente não responda bem a essas medidas, adiciona-se uma droga vasoativa. Essas drogas irão auxiliar na retomada da homeostase cardiovascular e suas principais classes são as catecolaminas, vasopressina e análogos, sensibilizadores de cálcio e antagonistas β1 seletivo. Dentre essas, a primeira escolha deverá ser pela noradrenalina, uma catecolamina. Dessa forma, o manejo adequado da sepse e choque séptico é essencial para o melhor prognóstico do paciente.