A prevalência do uso de antidepressivos em estudantes de medicina: uma revisão de literatura.

Abstract

A depressão é uma das principais doenças incapacitantes em todo o mundo, afetando mais de 300 milhões de pessoas em 2015. No cenário universitário, os estudantes de medicina tornam-se um grupo vulnerável para o desenvolvimento de transtornos mentais, devido principalmente aos fatores associados ao próprio curso. Devido a isso, os acadêmicos recorrem ao uso de psicofármacos a fim de amenizar seu sofrimento. O presente trabalho é uma revisão de literatura de caráter exploratório sobre o uso de antidepressivos pelos estudantes de medicina. Adotou-se os seguintes critérios de inclusão: artigos escritos em Inglês, Português e Espanhol publicados nos últimos dez anos e estudos compreendidos como revisão sistemática, meta-análises e revisões. Como critérios de exclusão: teses, capítulos de teses, livros, capítulos de livros, anais de congressos ou conferências e relato de caso. Observou-se que as estudantes de medicina tendem a sofrer de depressão com mais frequência do que os homens. A revisão apresenta uma maior frequência de sintomas de depressão em alunos de medicina do primeiro ao terceiro ano. Constata-se que a maioria dos acadêmicos fazem ou já fizeram uso de psicofármacos, principalmente os inibidores seletivos de recaptação de serotonina. Faz-se necessário identificar desde os primórdios da iniciação acadêmica as necessidades individuais de cada discente e desenvolver uma proposta de enfrentamento. Nesse sentido, elaborar programas de acompanhamento que se estendam por toda graduação certamente contribuirão para desconstruir representações sociais equivocadas em relação ao uso de antidepressivos por estudantes de medicina