Uso de corticosteroides em trabalho de parto prematuro: uma revisão de literatura.

Abstract

O processo de gestação é caracterizado como sendo um fenômeno fisiológico importante que, no entanto, pode ocorrer com intercorrências apresentando evolução desfavorável principalmente para o feto. Alguns fatores constituem complicações durante a gestação e podem possibilitar um nascimento prematuro, levando o concepto a graves problemas. Para prevenir o nascimento antes do termo e suas complicações, o obstetra pode utilizar diversos meios, sendo um deles os glicocorticoides. A intervenção com a utilização desses medicamentos tem vários objetivos, dentre eles o de acelerar a produção do surfactante. Desta feita, busca-se a melhoria de práticas do atendimento à gestante com risco de prematuridade e dos recém-nascidos. Objetivo: O objetivo do estudo é revisar as evidências quanto a utilização de corticosteroides no trabalho de parto prematuro, identificando os benefícios e potenciais riscos do seu uso. Método: Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada por meio de revisão da literatura, mediante sites de busca como PubMed, SciELO e LILACS, totalizando 50 artigos utilizados, datados de 2000 a 2021. Resultados: A terapia com glicocorticoides promove diversas alterações no feto, sendo a maturação dos pulmões, uma das mais importantes. O tratamento administrado na mãe, com doses específicas de glicocorticoides, reduz consideravelmente a mortalidade pós-parto, diminuindo as sequelas e o desenvolvimento de patologias como a Síndrome de Angústia Respiratória em prematuros. A administração de corticoides sintéticos mimetiza o aumento dos corticoides endógenos que ocorre naturalmente na fase final da gestação visando à maturação dos órgãos e a preparação do feto para a vida pós-natal. Conclusão: Os corticosteroides são medicamentos de fácil administração, relativamente baratos e eficazes no período pré-natal. Seu uso adequado auxilia na redução da morbimortalidade neonatal. Mais estudos devem ser feitos com relação aos efeitos dos corticoides.