Um novo olhar sobre a Síndrome do Coração Partido em tempos de COVID-19: despertando a consciência para a Medicina Integrativa.

Abstract

Introdução: quando se fala no manejo da Síndrome do Coração Partido, percebe-se um foco expressivo no tratamento farmacológico. Sendo uma cardiomiopatia induzida por estresse, uma atenção especial deve ser dada à saúde emocional dos pacientes acometidos. Objetivo: propor a mudança de paradigmas no cuidado ao paciente com a síndrome relativamente a atenção à saúde e ao processo saúde-doença, visando ampliar a consciência dos profissionais para a Medicina Integrativa, notadamente em decorrência da pandemia da COVID-19. Metodologia: representa uma revisão integrativa a partir da análise da literatura de caráter exploratório e descritivo. Resultado: anteriormente mais prevalente em mulheres na pós-menopausa, com a pandemia da COVID-19, houve aumento da prevalência em homens, em decorrência do estresse causado aos pacientes com COVID, seja diretamente, por lesão miocárdica decorrente da COVID-19, ou, indiretamente, pelas influências socioeconômicas da pandemia em andamento. A medicina integrativa é uma estratégia de atendimento personalizado que considera as condições, necessidades e circunstâncias únicas dos pacientes, trazendo as intervenções mais adequadas para que tenham a saúde otimizada e abrangendo o conceito de saúde de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Considerações finais: considerando que o corpo humano funciona como um sistema e que alterações fisiológicas e psicológicas podem existir de forma independente ou podem coexistir como causa e efeito, a medicina integrativa se torna importante na abordagem ao paciente com síndrome do coração partido, considerando que as questões globais e sistêmicas podem alterar a homeostase do organismo, especialmente em se tratando da pandemia da COVID-19 onde o medo de ser contaminado e/ou morrer bem como as questões socioeconômicas atreladas representam um gatilho de estresse importante. Portanto, os pacientes diagnosticados com a síndrome merecem um tratamento holístico, com um olhar ampliado