O uso da Terapia de Liberação Posicional na dor e amplitude de movimento em pacientes com cervicalgia crônica.

Abstract

INTRODUÇÃO: A cervicalgia crônica é uma síndrome marcada por dor e limitação na amplitude de movimento da região cervical, localizada na parte posterior do pescoço e superior das escápulas ou zona dorsal alta. A cervicalgia pode atingir uma média de 12 a 34% de uma população adulta em alguma fase da vida. Além da dor, pode haver queixas de rigidez local. Um dos tratamentos para a cervicalgia é a Fisioterapia, e uma das terapêuticas para o tratamento desta disfunção é a Terapia de Liberação Posicional (TLP), método de tratamento que utiliza pontos sensíveis e uma posição de conforto para solucionar a disfunção associada. OBJETIVOS: Avaliar a TLP na cervicalgia crônica, a dor e amplitude de movimento antes e após a aplicação da técnica. MÉTODOS: Foi realizado um estudo intervencionista, analítico, longitudinal e comparativo, de abordagem quantitativa, formado por 10 pacientes com os seguintes critérios de inclusão: sintomatologia da cervicalgia há mais de três meses, que estavam em atendimento na clínica-escola de uma faculdade particular do Gama. Os participantes teriam que ser maiores de 18 anos, e deviam possuir disponibilidade para os dias propostos para as sessões. Pacientes que já estivessem em outro tipo de tratamento terapêutico, ou possuíssem qualquer outro diagnóstico que pudesse desencadear cervicalgia ou impedir o tratamento com a liberação posicional, tais como: hérnia de disco, tumores, cirurgias recentes, etc. seriam excluídos da pesquisa. RESULTADOS: Foram recrutados 10 participantes, porém, só 9 participantes concluíram o tratamento. A média de idade 35,2 anos a maioria do sexo feminino (66,6%), a maioria eram da cor parda (55,5%), eram solteiros (66,6), possuíam ensino superior (55,5%) e tinham renda familiar entre 1 a 3 salários mínimos (55,5%). O teste de Wilcoxon mostrou diferença estatística em todas as ADM avaliadas e na dor. Flexão (p=0,012), extensão (p=0,017), flexão lateral direita (P=0,008), flexão lateral esquerdo (p=0,007), rotação direita (p=0,027), rotação esquerda (p=0,042), dor (p=0,007). CONCLUSÃO: A Terapia de Liberação Posicional teve efeitos na redução da dor e no aumento da amplitude de movimento de participantes que realizaram as 10 sessões. A amostra considerada pequena limita a validade externa, porém a validade interna é relevante para direcionar a técnica a outros pacientes com cervicalgia crônica.