Dor de cabeça persistente no contexto da síndrome pós-covid: uma revisão da literatura.

Abstract

A pandemia de COVID-19 foi responsável por grandes impactos na população mundial, entre eles existe o desenvolvimento de cefaleia persistente após o período agudo de infecção por COVID-19. Este estudo realizou uma revisão de evidências acerca dos possíveis mecanismos fisiopatológicos no desenvolvimento desse sintoma, além da sua prevalência, características e

impacto na vida diária dos pacientes acometidos. Nesse sentido, percebeu-se que o vírus SARS- CoV-2 pode estar relacionado a ativação do sistema trigeminal, por meio de interações entre

proteínas virais e fatores de ativação endotelial de vasos sanguíneos cranianos, produzindo sintoma de dor com características semelhantes às da enxaqueca. Outrossim, a partir das evidencias analisadas, observou-se que a dor de cabeça persistente tem efeito incapacitante na vida diária dos pacientes, uma vez que a maioria relatou dores de forte intensidade que podem

perdurar por meses, geralmente resistentes ao uso de terapia medicamentosa com anti- inflamatórios não esteroidais.