Infecções do trato urinário na gestação: prevalência, riscos e tratamento.

Abstract

As infecções do trato urinário (ITU) na gestação enquadram-se entre as principais causas de complicações relacionadas à gestação, dentre elas a corioamnionite, infecções neonatais e parto prematuro. Estima-se que até 20% das mulheres sejam acometidas por ITU durante a gestação e, destas, 10% necessitam de internação. A ITU pode ser classificada como Bacteriúria Assintomática (BA), Cistite (ITU baixa) e Pielonefrite (ITU alta), tendo a última um destaque principal devido à complicações que podem evoluir com insuficiência respiratória, distúrbios eletrolíticos, choque séptico, insuficiência renal e morte. O quadro clínico habitual da ITU varia desde a presença de disúria, nos casos mais leves, até febre, calafrios, dor lombar, náuseas e vômitos em casos mais graves. Para o diagnóstico, é necessário realizar a urocultura, apesar do resultado poder ser negativo em até 50% dos casos. Ademais, devido à evolução rápida da doença, é necessário que o tratamento seja realizado considerando a eficácia do medicamento, sua cobertura contra o patógeno, sua capacidade de manter níveis séricos e teciduais durante o período de tratamento, além de seu custo, tolerância e segurança para o feto.