Recuperação autonômica pós-exercício: um estudo em policiais militares do Distrito Federal.

Abstract

O sistema nervoso autônomo regula o ritmo cardíaco através dos sistemas simpático e parassimpático, que mantêm o equilíbrio corporal conhecido como homeostase. Este sistema influencia diversos tecidos e órgãos, desempenhando um papel crucial na manutenção desse equilíbrio. Durante a transição do repouso para o exercício, a variação da frequência cardíaca reflete a resposta inicial do sistema parassimpático nos primeiros segundos da atividade muscular, com uma inibição inicial no nódulo sinoatrial. Indivíduos com fatores de risco para doenças cardiovasculares podem apresentar respostas mais lentas da frequência cardíaca durante o exercício e sua recuperação, devido à modulação parassimpática ineficaz no início do esforço e ao aumento da atividade simpática. Estudos indicam que uma recuperação inadequada da frequência cardíaca após o exercício está associada a um maior risco de mortalidade, sendo recomendado o exercício aeróbico regular com intensidade específica para melhorar a saúde cardiovascular. A recuperação da frequência cardíaca após o exercício é influenciada pela reativação do sistema parassimpático e pela diminuição da atividade simpática, particularmente nos primeiros 30 segundos após o exercício. A privação ou distúrbios do sono podem afetar negativamente o metabolismo e a inflamação, sendo essencial para a saúde humana. Indivíduos ativos geralmente têm melhor qualidade de sono, resultando em menos cansaço diurno e maior disposição para atividades físicas. Em ocupações como a carreira militar, a privação de sono devido a turnos de trabalho pode prejudicar a saúde e comprometer o desempenho no trabalho, aumentando o risco de comportamentos irracionais e comprometendo a segurança pessoal e pública.