Preconceito contra manifestações culturais e a figura do bode expiatório no filme footlose: ritmo louco: uma análise fílmica.

Abstract

Este artigo tem por objetivo mostrar o papel da dança como ferramenta na desconstrução dos preconceitos e estereótipos, através de uma análise fílmica do filme Footloose – Ritmo Louco. A produção nos mostra a luta de um jovem que se muda da cidade grande para o interior, e sofre um enorme choque cultural, pois a cidade onde agora mora é comandada por lideranças religiosas e autoritárias, que criaram uma lei não permitindo que os jovens ouçam música, dancem ou façam festas. Na cidade, a música e a dança se tornaram “bode expiatório”, após um acidente fatal vitimar quatro jovens que voltavam de um show de rock, após esse trágico incidente, criou-se um enorme preconceito nos moradores da cidade contra todas as manifestações culturais da época, em especial a música e a dança, que agora são rotulados de “pecados mortais” pelo líder da comunidade, o pastor Shaw Moore. Este texto tem a intenção de explanar a respeito da dança e da música e de como estes tipos de arte podem impactar a vida e o cotidiano de uma sociedade, pois a música, como é mostrada no filme, assim como a dança, podem ser uma forma de expressão dos sentimentos e frustrações, servindo como uma válvula de escape dos problemas e ajudando a socializar e se inserir dentro de um grupo ou comunidade. Footloose também nos mostra o quanto a intolerância e o autoritarismo religioso podem ser nocivos dentro da sociedade, gerando preconceitos, injustiças e discriminação.