Oxigenoterapia como fator agravante da retinopatia da prematuridade.

Abstract

Introdução: A Retinopatia da Prematuridade é considerada uma das principais causas de cegueira evitável na infância. O objetivo deste trabalho é integrar estudos que destacam a importância de se reconhecer a oxigenoterapia como fator agravante da ROP, com ênfase na fisiopatologia e nos principais fatores de risco da doença. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas seguintes bases de dados: MEDLINE/PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Cochrane. Foram utilizados os seguintes descritores durante a busca: (Retinopathy of prematurity) AND (Risk Factors) AND (Oxygen). Critérios de inclusão: artigos publicados no período de 2012 a 2022, nos idiomas inglês, português e espanhol. Optou-se por priorizar artigos de revisão, ensaios clínicos, revisões sistemáticas e metanálises. Critérios de exclusão: estudos não disponíveis na íntegra, indexados há mais de 10 anos, fora dos idiomas propostos, cujo título, resumo e/ou texto não se enquadram na questão norteadora do presente trabalho. Resultados: Foram encontrados 10 estudos de acordo com os critérios de elegibilidade e todos reconheceram a oxigenoterapia como fator agravante da ROP. O pior prognóstico da doença está atrelado às altas saturações de oxigênio, bem como ao maior período de exposição. Ademais, o aumento da prevalência de ROP configura-se como uma consequência inevitável da tentativa de aumentar a sobrevida neonatal com um suporte ventilatório satisfatório. Conclusão: Apesar de não haver consenso na literatura quanto às saturações máximas não deletérias à vasculogênese retiniana, confirmou-se a necessidade de reconhecer e considerar a oxigenoterapia como fator agravante da ROP tendo em vista que tal conhecimento implica na detecção precoce mediante adoção de medidas preventivas.