Doença do refluxo gastroesofágico: condutas para pacientes refratários ao tratamento clínico.

Abstract

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma das desordens dispépticas mais manejadas por gastroenterologistas e médicos do nível de atenção primária. A prevalência da DRGE tem aumentado nos últimos anos, principalmente na América do Norte, Leste Asiático e Brasil. O advento dos inibidores de bomba de prótons (IBPs) permitiu que esta classe farmacológica se tornasse a principal estratégia terapêutica para a DRGE nas ultimas três décadas. Entretanto, muitos médicos e pacientes estão começando a se preocupar com possíveis efeitos colaterais destas drogas. Além disso, a principal técnica cirúrgica para o manejo da DRGE, a fundoplicatura, está sendo utilizada cada vez menos, enquanto outras modalidades não farmacológicas estão em alta. Desta maneira, esta revisão de literatura busca abordar quais são algumas das principais opções para o manejo não farmacológico de pacientes com a DRGE, principalmente em pacientes refratários ao tratamento farmacológico, os quais possuem perspectiva de uso prolongado dos IBPs os quais podem se beneficiar de técnicas cirúrgicas e endoscópicas.