Tratamento de hidrocefalia adquirida em um canino: relato de caso.

Abstract

A hidrocefalia é definida como uma distensão ventricular cerebral relacionada com a passagem inadequada do líquido cefalorraquidiano (LCR), podendo ser congênita ou adquirida. A forma adquirida é menos comum e decorrente de outras doenças como por abscessos, neoplasia, trauma, inflamação ou hemorragia. Possui sinais clínicos neurológicos variáveis, como abaulamento do crânio, andar em círculos, nistagmos e cegueira. Para o diagnóstico, são feitos exames complementares como ultrassom e radiografia de crânio, mas para o diagnóstico preciso é realizado a tomografia computadoriza ou a ressonância magnética. O tratamento pode ser cirúrgico ou medicamentoso. A cirurgia é realizada na hidrocefalia congênita ou quando não foi identificada a causa primária, geralmente através do uso de shunt. Relata-se um caso de um cão, shih tzu, de 8 anos de idade, macho, que foi atendido com histórico de falta de ar e epilepsia. Após realizar o exame tomográfico foi detectado hidrocefalia assimétrica, não comunicante com calcificações no parênquima cerebral, podendo estar relacionado a síndrome de Fahr associada com hipoparatireoidismo. Porém, nos testes hormonais foi detectado o hipotireoidismo. Para o tratamento foi instituído o uso de diuréticos (manitol), corticosteroides (prednisolona), omeprazol e fenobarbital. O paciente permanece sendo tratado e estável, obtendo-se sucesso no tratamento.