Resistência antimicrobiana em crianças com infecções do trato urinário: uma revisão integrativa da literatura.

Abstract

Introdução: O uso inadequado e desenfreado de terapias antimicrobianas expôs o crescimento da resistência antibiótica frente as infecções de trato urinário (ITUs) em crianças. A Resistência Antimicrobiana (RAM) vem se destacando como um dos maiores desafios já enfrentados pela medicina moderna, colocando em risco o sucesso terapêutico dessas infecções. Metodologia: Foi realizado uma revisão integrativa na PubMed/MEDLINE e SciELO com os descritores: “Antimicrobial Resistance” AND “Urinary tract infections” AND “Children”. Além disso, foram utilizados os filtros de busca: estudos publicados nos últimos cinco (5) anos, realizados em crianças de até 12 anos incompletos, nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram acrescentados sete (7) materiais extras de valor para o estudo. Apresentação e análise dos dados: A alta resistência no tratamento de ITUs pediátrica se dá por vários motivos, entre eles, uso de antibióticos em culturas negativas, duração e dosagens erradas e desconhecimento dos padrões de resistência. A resistência a trimetropina, ampicilina e às cefalosporinas resultou na falta de adequação desses antibióticos de primeira linha para ITUs pediátrica. As crianças não só sofrem de vários sintomas, mas tem alto risco de desenvolver cicatriz renal e hipertensão arterial, por isso é importante prevenir a recorrência das ITUs. Considerações finais: Dessa maneira, é primordial o conhecimento sobre mecanismos bioquímicos e os padrões de resistência aos antibióticos para promover o melhor desfecho clínico e restringir o crescimento dessa problemática. Além disso, as ações estratégicas de Políticas de Saúde Pública desenvolvidas se mostram medidas indispensáveis contra o avanço da RAM.